O instituto geológico americano US Geological Survey (USGS) está alertando para uma "invasão" de cobras gigantes que ameaça a fauna nativa do país.
Esta sucuri é uma das espécies não-nativas achadas na Flórida. Foto: Skip Snow, National Park Service
O documento de 300 páginas afirma que nove espécies de cobras são a principal ameaça à região. Segundo os cientistas, os pássaros, mamíferos e répteis dos Everglades - a região pantanosa da Flórida - nunca tiveram de enfrentar predadores tão grandes antes.
Algumas delas têm seis metros de comprimento e pesam até 90 quilos.
Estimação
As espécies píton burmesa e jibóia constritora já povoaram parte do sul da Flórida. A jibóia africana também estaria formando uma grande população na região.
Especialistas afirmam que muitas das cobras gigantes não-nativas foram jogadas na região dos Everglades pelos próprios donos dos animais, que às criavam como animais de estimação.
"Estas cobras [...] têm dietas amplas que fazem com que elas possam comer a maior parte dos pássaros e mamíferos nativos."
Gordon Rodda, cientista do USGS
Os pântanos úmidos do Everglades são ideais para a proliferação de cobras grandes, que podem colocar até 100 ovos de uma só vez.
O instituto americano afirma que tem poucos recursos para combater a rápida proliferação dos animais.
"Estas cobras amadurecem cedo, produzem grandes quantidades de crias, viajam longas distâncias e têm dietas variadas e amplas que fazem com que elas possam comer a maior parte dos pássaros e mamíferos nativos", diz o cientista Gordon Rodda, da USGS.
O relatório diz que as cobras, além de perigosas para os demais animais, são uma ameaça também para as pessoas, apesar de ressaltar que isso é mais raro. A maior parte das vítimas das cobras são pessoas que criam os animais em casa.
Além da Flórida, outros ecossistemas em outros Estados americanos, como o Texas, também estariam sob ameaça.
Cientistas implantaram um rádio para monitorar uma píton burmesa. Foto: Lori Oberhofer, National Park Service
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