Foto: Alexander Heilner- American Public Media) |
Na capital do Egito, uma comunidade é responsável pela coleta e reciclagem de cerca de 90% do lixo da cidade: os Zabbaleen (palavra árabe para “catadores de lixo”). A região onde vivem, também chamada de Zabbaleen, é uma cidade que abriga cerca de 50 mil pessoas, construída entre os rejeitos dos mais ricos, um cenário que faz as nossas favelas parecerem condomínios de luxo.
Ainda que vivam com menos de 1 dólar por dia, as casas do Zabbaleen contam hoje com água quente, gás e luz elétrica, tudo proporcionado pelo lixo. Através de iniciativa da Solar Cities, ONG norteamericana, foram construídos aquecedores solares e biodigestores (que queimam lixo e proporcionam gás e eletricidade para a comunidade) a partir dos dejetos de Cairo.
Thomas Culhane, coordenador do projeto, mora no Zabbaleen há quatro anos e desenvolve tudo com muita participação da comunidade. “Preparamos eco-comunidades que possam produzir soluções de água, energia, resíduos sólidos e que as pessoas sintam isso em seus ossos e mãos, que o vivam todos os dias”, enfatizou o pesquisador.
Sistema feito com lixo reaproveitado origina aquecedor solar na comunidade Zabbaleen, no Cairo/Foto: Connie Koeck |
As 17 placas solares já instaladas no bairro, construídas com canos de ferro e chapas de alumínio de latas recicladas, aquecem a água que percorre os canos e a enviam a um tanque conectado com mangueiras e válvulas, também extraídas do lixo. Em um dia de sol (que não deve ser difícil no Egito, convenhamos…), uma família pode ter 200 litros de água quente sem gastar nem um centavo.
Segundo Thomas, a tecnologia para confecção de um aquecedor solar é tão simples que até uma criança de 2 anos de idade pode fazer – se ajudada por um adulto, claro. Um programa para o próximo Dia das Crianças?
(Com informações do site EcoDesenvolvimento)
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